Olá amigos...

Sei muito bem que esse assunto de "proteger o meio ambiente" incomoda muita gente.
Todos estão conscientes de que a ação do homem contra a natureza tem sido a causa principal de tantos desequilíbrios naturais, porém muitos não querem discutir sobre o assunto, nem tentam mudar as atitudes, enquanto outros "fingem" não enxergar, preferem deixar pra resolver "outro dia"... enfim...
Mas , às voltas com a crise climática e cheios de energia para mudar esse cenário, não é raro os ambientalistas serem apelidados de eco-chatos.
Há pouco tempo atrás li um artigo sobre um texto de uma bióloga (não lembro agora o nome) em resposta àqueles que se incomodam com os ativistas ambientais. E como ativista ambiental vejo aqui um momento oportuno para enfatizar o mesmo texto, fazendo das palavras dela, as minhas:
"-Sou uma “Eco-chata”, termo que considero pejorativo e desrespeitoso com quem realmente se preocupa com, nem digo mais o futuro do mundo, mas sim a atual crise socioambiental que vivemos.
As mudanças climáticas são conseqüência do nosso atual modelo de produção, desenvolvimento e consumo, que é egoísta, desperdiçando muito, economizando pouco, valorizando o “novo” e a “última geração”, é imediatista e cobrando atitudes das pessoas erradas.
Os “Eco-chatos” estão por aí, lutando por todo o mundo, porque as mudanças climáticas não são exclusividade do Brasil. Os “Eco-chatos” estão lutando por um mundo melhor, mais justo, que valorize a natureza, a simplicidade e o ser humano.
Hoje estou na internete; amanhã talvez estarei numa escola dando palestras para os jovens que, no futuro, estarão fazendo escolhas; depois estarei nas ruas mobilizando a população a cobrar dos políticos atitudes mais corretas, que valorizem a vida, a igualdade e justiça socioambiental; em seguida estarei numa praia num dia de muito sol trabalhando voluntariamente tentando conscientizar as pessoas a respeitar o planeta; e no meio de tudo isso estarei contribuindo para o bem do planeta, que, além de me trazer enriquecimento pessoal, espero também que possa contribuir para uma real mudança na sociedade.
Então como você pode ver, estamos por aí, atolados de coisas para fazer, por que são muitas e somos poucos nessa luta.
Mas espero que em breve sejamos maiores em números e assim possamos ser, finalmente, ouvidos e seguidos. E, quem sabe, reverter o quadro atual.
A luta é grande e árdua!
Sinta-se você bem vindo a lutar com a gente também!"

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

O papel da árvore no meio ambiente:



Efeito estufa
Você sabia que o efeito estufa é um fenômeno natural e imprescindível para a vida na Terra?

Os Gases do Efeito Estufa (GEE) são responsáveis pela formação de uma película que esquenta o planeta, em média, 33 graus.

É isso que permite a presença de água no estado líquido, tão indispensável para o desenvolvimento da vida.

Sem esses gases, a temperatura da Terra cairia para 18 graus negativos e, obviamente, muitas espécies deixariam de existir.

O problema que estamos enfrentando hoje é o agravamento do efeito estufa.

As altas quantidades de dióxido de carbono (CO2) emitidas pelo homem, especialmente por causa do uso de combustíveis fósseis, vêm contribuindo para o aquecimento global.

“Para a reter o gás carbônico em uma escala que possa estabilizar e diminuir as concentrações atmosféricas, seria necessário cobrir o mundo de verde continuamente”.

Esse monte de carbono acumulado na atmosfera vem preocupando estudiosos e ambientalistas.

Há riscos de:
- escassez de água e alimentos,
- propagação de doenças,
- desaparecimento de várias espécies de animais e plantas
- aumento de tempestades, enchentes e erosões
- ou seca completa em outras regiões.

Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) mostram que:
--> uma área de 30% a 60% da Floresta Amazônica, se ficar mais quente e seca, pode se transformar em uma savana.
--> Terras agrícolas em toda a América Latina também podem desaparecer, contribuindo para a falta de alimentos.
--> E o excesso de calor ainda pode derreter as geleiras, aumentar os níveis dos oceanos e, conseqüentemente, deixar cidades inteiras submersas.

Enquanto não se populariza o uso de biocombustíveis e energias alternativas, a solução é encontrar maneiras de "capturar" o carbono presente no ar e tirá-lo de circulação.
E uma delas é o chamado seqüestro de carbono.

O papel da árvore
O seqüestro de carbono é um processo de remoção do gás carbônico da atmosfera.
A própria natureza já é, por si só, uma grande agente.
Oceanos, florestas e outros organismos que fazem uso da fotossíntese capturam o carbono do ar e lançam oxigênio na atmosfera.
As árvores são consideradas boas "seqüestradoras", pois precisam de alta quantidade de carbono para se desenvolverem, então se encarregam naturalmente de tirar esse elemento do ar.
Não é à toa que o plantio delas e a recuperação de áreas plantadas vêm sendo considerados uma prioridade.

Aqui no Brasil, a Iniciativa Verde, responsável pela criação do selo Carbon Free, defende que plantar árvores é uma das formas mais simples de colaborar com esse processo - e lembra que qualquer um de nós pode fazê-lo.
Afinal, somos responsáveis pela emissão de gás carbônico até ao desempenhar pequenas tarefas no dia-a-dia.
Por mais que as árvores façam sua parte, o trabalho delas ainda não é suficiente.

"Elas exercem funções de extrema importância, como a manutenção da umidade e a preservação dos habitats. Porém, para a reter o gás carbônico em uma escala que possa estabilizar e diminuir as concentrações atmosféricas, seria necessário cobrir o mundo de verde continuamente", afirma Eduardo Maia, Gerente de Projetos do Centro de Excelência em Pesquisa sobre Armazenamento de Carbono (CEPAC), da PUC-RS.

Segundo o pesquisador, as árvores têm um período de vida relativamente curto.
Uma vez que completam seu ciclo de crescimento, a retenção de gás carbônico fica equilibrada com sua respiração, emitindo, assim, todo o CO2 que ela armazena durante a fotossíntese.
Mundo afora, diversas ferramentas vêm sendo estudadas para sumir com o excesso do gás carbônico.
Em uma delas, os gases de exaustão produzidos pelas indústrias são separados por meio de um sistema de filtros coletor de CO2.
O gás é comprimido e injetado em reservatórios geológicos, como campos maduros de petróleo (que já foram explorados ou estão no final da exploração), camadas de carvão no solo e aqüíferos salinos, que são lençóis de água subterrânea, salobra, que não pode ser aproveitada.
Aliás, esses aqüíferos são considerados por especialistas uma excelente alternativa para estocar o carbono, pois a água ali presente tem capacidade para reter até 10 mil gigatoneladas do gás.
O interessante dessas iniciativas é que o gás carbônico, uma vez capturado e colocado em um desses reservatórios geológicos, fica enterrado lá para sempre.

"Da mesma forma que o petróleo e o gás natural ficam retidos por centenas de milhões de anos antes de serem explorados, podemos fazer com que o gás carbônico também permaneça armazenado por essa mesma quantidade de tempo", comenta Eduardo Maia.

Assim, nem mesmo com a ocorrência de desastres naturais, como terremotos e tsunamis, o gás carbônico escaparia.
Aqui no Brasil, a Petrobras tem partido para a injeção de carbono em larga escala na Bacia de Santos, sob o mar, e na Bahia, em terra.
A estimativa é de atingir um patamar de até 10 milhões de toneladas anuais de gás carbônico capturados até 2014.
Se essa meta for alcançada, este será um dos maiores projetos de seqüestro geológico de carbono do mundo.

Reciclagem
Se enterrar o gás carbônico pode ser uma solução, reaproveitá-lo também.
Segundo Eduardo, o carvão presente em alguns reservatórios subterrâneos retém o CO2 e libera gás metano, que pode ser comercializado ou aproveitado como fonte de energia.
Já as petrolíferas podem injetar o CO2 em campos maduros e, por meio da pressão, aumentar o potencial de extração - com o gás, o petróleo fica mais fino e mais fácil de ser retirado.

"Com isso, é possível retirar cerca de 40% de óleo que está retido no reservatório e que não seria possível retirar por outros meios", afirma o pesquisador.

O custo da implantação dessas formas artificiais de seqüestro de carbono ainda é bastante alto. Somente a captura e a compressão do gás carbônico respondem por 80% dos custos.
Os outros 20% ficam por conta do transporte e da injeção.
Para baratear esse processo, vêm sendo desenvolvidos estudos em todo o mundo, para que a descarbonização geológica passe a ser uma alternativa viável.
Ainda há outros problemas: a localização de reservatórios seguros para a estocagem e a falta de estudos de impacto ambiental que concluam se estas são realmente boas alternativas para ajudar a salvar o planeta.

Enquanto isso não acontece, você pode fazer sua parte.

Clique aqui e descubra quanto gás carbônico você emite no dia-a-dia e quantas árvores você deve plantar para compensar essas emissões.