Olá amigos...

Sei muito bem que esse assunto de "proteger o meio ambiente" incomoda muita gente.
Todos estão conscientes de que a ação do homem contra a natureza tem sido a causa principal de tantos desequilíbrios naturais, porém muitos não querem discutir sobre o assunto, nem tentam mudar as atitudes, enquanto outros "fingem" não enxergar, preferem deixar pra resolver "outro dia"... enfim...
Mas , às voltas com a crise climática e cheios de energia para mudar esse cenário, não é raro os ambientalistas serem apelidados de eco-chatos.
Há pouco tempo atrás li um artigo sobre um texto de uma bióloga (não lembro agora o nome) em resposta àqueles que se incomodam com os ativistas ambientais. E como ativista ambiental vejo aqui um momento oportuno para enfatizar o mesmo texto, fazendo das palavras dela, as minhas:
"-Sou uma “Eco-chata”, termo que considero pejorativo e desrespeitoso com quem realmente se preocupa com, nem digo mais o futuro do mundo, mas sim a atual crise socioambiental que vivemos.
As mudanças climáticas são conseqüência do nosso atual modelo de produção, desenvolvimento e consumo, que é egoísta, desperdiçando muito, economizando pouco, valorizando o “novo” e a “última geração”, é imediatista e cobrando atitudes das pessoas erradas.
Os “Eco-chatos” estão por aí, lutando por todo o mundo, porque as mudanças climáticas não são exclusividade do Brasil. Os “Eco-chatos” estão lutando por um mundo melhor, mais justo, que valorize a natureza, a simplicidade e o ser humano.
Hoje estou na internete; amanhã talvez estarei numa escola dando palestras para os jovens que, no futuro, estarão fazendo escolhas; depois estarei nas ruas mobilizando a população a cobrar dos políticos atitudes mais corretas, que valorizem a vida, a igualdade e justiça socioambiental; em seguida estarei numa praia num dia de muito sol trabalhando voluntariamente tentando conscientizar as pessoas a respeitar o planeta; e no meio de tudo isso estarei contribuindo para o bem do planeta, que, além de me trazer enriquecimento pessoal, espero também que possa contribuir para uma real mudança na sociedade.
Então como você pode ver, estamos por aí, atolados de coisas para fazer, por que são muitas e somos poucos nessa luta.
Mas espero que em breve sejamos maiores em números e assim possamos ser, finalmente, ouvidos e seguidos. E, quem sabe, reverter o quadro atual.
A luta é grande e árdua!
Sinta-se você bem vindo a lutar com a gente também!"

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Jardins Verticais



Como uma alternativa para quem quer misturar qualidade de vida e rotina, os jardins verticais se tornam, a cada dia, os mais práticos aliados de quem está cansado do concreto.

Das práticas mais simples às que exigem mais atenção, o cultivo do “verde” em área urbana, especialmente em casas e apartamentos, ganhou espaço e mostra que é possível cerca-se de flores e plantas sem gastar muito dinheiro ou tempo.

Segundo o técnico em paisagismo e especialista em arquitetura da paisagem Alexandre Fang, a busca das pessoas por agregar a natureza às suas vidas tem motivado a procura por jardins alternativos.

“Em grandes cidades urbanas como São Paulo, relativamente opressiva em relação ao verde, as pessoas tendem a se fechar cada vez mais, o que provoca uma demanda no que diz respeito à busca por um refúgio. E ao voltar aos olhos para este ponto, a conexão com a natureza é imediata”, explica.

“Os jardins verticais surgiram pela falta de espaço, e em uma cidade onde os muros de propriedades chegam a 4 metros de altura, eles são uma opção para suaviar a quantidade de concreto.
Observo através do estudos que está ideia veio dos jardins orientais japoneses – população que também esbarra com a questão do espaço, mas tem no cultivo de jardins e plantas a sensação de ‘ampliação’ do seu ambiente urbano”.

A Universidade Veiga de Almeida decidiu adotar uma parede verde feita a base de vegetais e coco verde reciclado, construída com o material alternativo ao uso de xaxim – raíz que hoje está em risco de extinção.
Criativa, prática e charmosa, esta opção de verde para ser aplicada em lares é super flexível e com o apoio de vasos, paredes e até quadros, consegue dar um pouco mais de vida para qualquer ambiente – do quintal à sala de estar.

Para quem tem interesse em implantar um desses em casa, aqui vão as dicas:
Cuidados preparatórios
-->Luminosidade:
“A primeira coisa que deve ser avaliada na hora de implantar um jardim vertical é a incidência de sol e de luz. É preciso eleger o local adequado, considerando as ‘faces’ do ambiente em relação à luz, e dar atenção as plantas que serão cultivadas naquele espaço”.

-->Impermeabilização:
“Aconselho que as pessoas não contem apenas com a impermeabilização das tintas convencionais. Já que a incidência de água será muito maior (devido a necessidade das plantas) a sugestão é que se aplique, onde irá colocar paines de plantas ou vasos pendurados, uma camada de argamassa polimérica”.
-->Água:
“A minha sugestão para quem quer optar por um projeto com mais plantas, como um muro verde, é a irrigação. Este processo é uma boa alternativa para quem tem pouco tempo a dedicar com os cuidados das plantas e ainda é ótimo para evitar o desperdício deste recurso. Ecologicamente falando, o processo de irrigação chega a usar apenas 10%, aproximadamente, da quantidade de água que seria gasta no processo de rega convencional”.

-->Materiais Necessários:
“É preciso ficar atento aos materiais usados. É importante saber de onde cada coisa vem. Assim como a madeira, pedras e até mesmo espécies vegetais não podem ser simplesmente extraídas da natureza – sua retirada indevida pode acarretar em sérios prejuízos para o ecossistema em que estavam inseridas”.

Algumas criações podem ser penduradas na parede como verdadeiras obras de arte:
Das criações que misturam tecnologias e plantas às singelas latinhas de alumínio pregadas na parede, as opções para quem quer implantar um jardim suspenso em casa são variadas.
É possível usar garrafas Pet como vasos e pregá-las em uma tela, optar por um alto investimento em um quadro verde tecnológico ou simplesmente colocar algumas prateleiras e enfeitar com flores. “A melhor opção vai de acordo com o gosto de cada um e com a função que aquele jardim terá dentro do contexto”.

Conhecendo as plantas
“Plantas de pleno sol, meio sombra ou sombra são as opções que podem ser encaixadas nesse tipo de trabalho. Cada projeto merece atenção especial para as plantas, mas alguns vegetais já são conhecidos por quem reolve adotar essa prática.

Algumas espécies são exemplo disso:
- Bromélias
- Orquídeas
- Peperômia
- Begônia
- Trepadeiras

"Do jardim mais simples ao mais extravagante, o importante é cuidar para que as plantas continuem bem nutridas e que o ambiente continue com o frescor do “verde”

Manutenção
“Nem todo mundo tem intimidade com a natureza, mas as vezes gosta da presença de algo verde para dar vida ao ambiente.
Na hora da manutenção, busque alternativas práticas e promova a rega de acordo com as necessidades de cada espécie.
Fique atento também a mistura de plantas, algumas podem encobrir plantas que gostam de sol e deixar descobertos vegetais que precisam ficar mais protegidos”.
Aos poucos, alternativas e soluções para melhorar a qualidade de vida da população urbana vão sendo criadas e é claro que cada um pode fazer a sua parte para entrar nessa positiva mudança.